A FARRA NAS URNAS

Enfim, parece que foi dada a largada na corrida pelo governo do Estado. Ja ha algum tempo (pleitos) penso em conseguir com os candidatos alguns poucos minutos, o suficiente para uma simples pergunta, esperando, da mesma forma, uma resposta curta e objetiva, que, prioritariamente, irá rodar em vídeo e/ou áudio e/ou texto na rede de ambientalistas, defensores e simpatizantes da causa dos animais e certamente do público em geral.

A pegunta?
"A farra do boi para o(a) senhor(a) é uma tradição que apenas por essa condição precisa ser preservada, ou um crime e como tal deve ser enfrentado e combatido?"

Ao que parece pelo menos para um candidato não será preciso perguntar. O professor Valmir Martins, candidato do PSol, é declaradamente a favor da farra do boi e defende esse crime que eles insitem que por ser secular deve permanecer entre nós em pleno terceito milênio.
Baseado nessa linha de pensamento, medicos e cientistas ao invés de combater o cancer (para não citar outras molestias graves) deveriam procurar dissiminá-lo e fortificá-lo. Afinal de contas o cancer também secular nas páginas da literatura médica.

Tenho inúmeras gravações de programas como Conversas Cruzadas da TVCOM e outros com o profesor Valmir e outros do lado de lá (Arantinho, Magu, etc) defendendo a farra, e comigo e com outros defensores da vida do lado de cá, contra essa prática medieval sangrenta. Para o professor Valmir acho que não será  preciso perguntar, mas ele também será procurado.

Acabou a pescaria. Agora é hora de vender o peixe.
Meus amigos Paulo (Cabeça) Wilpert e Afrânio, assim como outros do PSol que me desculpem, não é nada pessoal, mas uma questão de compromisso comigo mesmo antes mesmo de ser com a questão ambiental e a defesa dos direitos dos animais.

Na primeira candidatura ao governo LHS levou o meu voto. Algum tempo depois fiquei sabendo por um amigo jornalista da TVBV que haveria uma entrevista coletiva com ele (LHS) e consegui encaixar uma pergunta que para minha sorte foi feita na íntegra e sem qualquer alteração.

É impressionante a facilidade que algumas pessoas tem para enrolar e se ficar no muro. Mais abaixo áudio de entrevista coletiva com LHS, em 2006, na semana do Carnaval. Quando tentou a reeleição (e conseguiu), claro que não votei  nele e numca mais darei meu voto para quem quer que jogue contra a causa que defendo. Não sou idiota a ponto de me dedicar a um trabalho e na hora do voto eleger quem vai ser meu inimigo nos próximos anos.

Todos os meus amigos sabem - e quero deixar aqui também de público - que minha amiga Ideli Salvatti é tambérm minha candidata ao governo. Ela também sera questionada a terá sua resposta publicada como os outros. Mas sou capaz de apostar que ela não vai me (nos) decepcionar. Quanto ao meu voto, este estará sempre comprometido com a causa ambiental e dos animais, e assim de quem mais mais eu puder convencer.

Mais abaixo um verdadeiro exemplo do que é enrolar e ficar em cima do muro.
Parece que ninguém tinha dito para o ex-governador que FARRA DO BOI É CRIME, que cabe ao Estado pensar, agir, usar de todas as formas para evitá-la sob pena de multa diária de R$500,00 em caso de registros de ocorrências. 

Clique e ouça a opinião (enrolação) do ex-governador LHS sobre farra do boi.
Logo abaixo veja outra opinião.


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"Não posso ver como juridicamente correta a idéia de que em prática dessa natureza a Constituição não é alvejada. Não há aqui uma manifestação cultural, com abusos avulsos; há uma prática abertamente violenta e cruel para com os animais, e a Constitução não deseja isso. "Bem disse o advogado da Tribuna: manifestações culturais são as práticas existentes em outras partes do país, que também envolvem bois submetidos à farra do público, mas de pano, de madeira, de 'papier maché' ; não seres vivos, dotados de sensibilidade e preservados pela Constituição da República contra esse gênero de comportamento. "De resto, com a negligência no que se refere à sensibilidade de animais anda-se meio caminho até a indiferença a quanto se faça a seres humanos. Essas duas formas de desídia são irmãs e quase sempre se reúnem, escalonadamente".
Ministro Francisco Rezek, Relator da decisão do Supremo Tribunal Federal, de 3/6/1997 (Recurso Extraordinário número 153.531-8/SC; RT 753/101), que proíbe a Farra do Boi.