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Acompanhem essa nota da coluna Ponto Final, do jornalista Carlos Damião, do jornal Notícias do Dia, de 05 de maio.  

Respondendo a pergunta do nobre colunista "onde estão as ongs?", posso dizer - eu que hoje não estou em nenhuma dessa organizações, mas que conheço, e bem, o trabalho que desenvolvem, pelo menos as mais serias - que as poucas que ainda trabalham com resgate de animais abandonados estão superlotadas, sem espaço físico e sem as mínimas condições. 

Com décadas de prática e estudos sobre a questão, as principais organizações internacionais que agregam afiliadas nos quatro cantos do planetas, assim como outros interessados e estudiosos, orientam que colecionar animais em abrigos que mais se assemelham a campos de concetração, não resolve o problemas de superpopulação de animais nas grande e médias cidades, e hoje ate mesmo nas pequenas. 

O que se há de fazer é trabalhar campanhas de castração em massa, claro, sob orientação de especialistas, após senso populacional, etc, junto de programas educativos para a posse responsável de animais, e não só nas escolas públicas e particulares, como em centros comunitários, associações de moradores, igrejas, etc. 

É preciso mudar a cultura do abandono, do descarte facil, do desapego e desrespeito à vida. 

Com isso, claro, vem a pergunta preocupante de como tentar mudar essa cultura quando em se tratando de animais, numa sociedade que abandona pais em asilos, filhos em creches, clubes, nas ruas, etc. 

O abandono não necessariamente precisa ser físico ou geográfico (a ausência de companhia). A sociedade que joga nas ruas orfãos de pais vivos da mesma forma como abandona cães, não enxerga essa situação  pois seu olhar vive atraído por outras COISAS, no sentido exato da palávra.

Os poucos que se dedicam a esse trabalho que deveria ser do poder público - evidentemente que se exercido por pessoas capacitadas e não fosse apenas um cabide de empregos - quando o laço aperta são lembrados e convocados por essa mesma sociedade que abandona para resolver o problema que ela criou. 

Voltando um pouco a questão das castrações, é preferível, hoje, castrar e se preciso for devolver o animal para comunidade em que vive (onde na maioria das vezes não uma, mas diversas pessoas cuidam dessa criatura), ja que não irá reproduzir e se multiplicar. 

Dessa forma, um pouco adiante (e realmente só um pouco mais diante) vamos observar os resultados do estancamento na reprodução indesejada, que acaba levando alguns poucos entre os ja sobreviventes - ja que a maioria morre por causas naturais - a algum canil com centenas e milhares de outros animais doentes, agressívos, etc, onde doenças e canibalismo, entre outras coisas, como por exemplo brigas generalizadas, revelam, infelizmente, se tratar aquilo muito mais de um inferno, um campo de conceração, morte, dor e desepero do que verdadeiramente de um abrigo digno. 

Vale lembrar, que em todas a regiões do mundo onde a eutanázia foi usada como prática por algum tempo, seja por muito ou pouco, os resultados não apareceram. A OMS (Organização Mundial de Saúde) também não reccomenda a eutanazia que não deixa de ser apenas mais uma forma de crueldade disfarçada. 

Nos útimos anos diversos semináros foram realizados em solo catarinense por iniciativa do Instituto Ecosul, WSPA e outras afiliadas, onde tivemos contatos com especialistas nessa questão, citando, entre outros, as doutoras Adriana Lopes Vieira, que por anos foi responsável pelo CCZ da cidade de São Paulo e Carla Molento, veterinárias, essa última estudiosa da questão da superpopulação de animais em todo o mundo, nas mais variadas culturas, etc, como, também, o doutor Werner John Payne, que trouxe para o Brasil a tecnica de gancho (de castração), indicada para mutirões de controle populacional, e que ja tem em SC um discípulo, nosso amigo Chico, todos esses diretamente especialistas ligados à WSPA, com os mais relevantes serviços prestados ao movimento de proteção animal e a sociedade como um todo. 

Podemos, portanto, falar, sim, se ninguém mais fala, e sem achismos, mas com dados, números e estudos com resultados comprovados.      

Agora vejam essa outra imagem.

Curiosamente é do mesmo dia, publicada no mesmo jornal.

A pergunta que o colunista fez está respondida, em parte, aqui. 

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Ja nessa cartinha abaixo, o veterinário Durvalino (conhecido), apenas na teoria, claro, não chega a atirar pedras, como fizeram os caras das puxadas de cavalos, mas meio que coloca a faca no pecoço dos outros.