12 de nov. de 2009

Encontro de bois

Essa farra do boi é legal!
Aqui não ha dor e sofrimento de nenhuma criatura enquanto outras se divertem.
Boi-de-mamão... bumba-meu-boi (Ceará e Maranhão) ... boi-bumbá (Amazonas)... boi de reis (Paraíba) e talvez ate o boi da cara preta.

Começou ontem em Floripa o Encontro de Bois de Norte a Sul, promovido pela Fundação Franklin Cascaes. Na verdade nasceu de uma conversa entre a Roseli e o Chico Cesar.

Programação completa e mais informações Clique aqui

2 comentários:

  1. Paerabéns kiko já te coloquei como seguidora do blog adorei a introdução das palavras rsssssssssssss

    eu creio que faz mais de um ano que o meu virou confessionário e nimguém clica nele Agora chegou a sua vez toin!!

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  2. Legal, Cacau!
    O blog - ao contrário de buscar popularidade e divulgação em grande escala - tem mesmo por ideia inicial ser um ponto de encontro eletrônico como diz na apresentação. Se bem que fica difícil tentar controlar, restringir, enfim. Deixa rolar.

    Sobre essa postagem...


    Fiz questão de acompanhar quarta, quinta, sexta e parte de sábado algumas apresentações porque essa farra, sem dúvida, é muito legal. Sinceramente, me emocionei com o Boi Corre Campo, de Manaus, que vi três vezes. Que coisa linda! Pude conversar com alguns integrantes, entre eles com o chamado "tripa do boi", o dançarino que apresenta a principal figura do folguedo, o boi, também com o cantor (canta muito o cara), com o feiticeiro, os responsáveis, a sinhazinha e a índia Cunhaporanga, linda, exuberante, anunciada como a mulher mais bonita da “tribo”, que se apaixonou por Floripa, quer voltar no pique do verão e será muito bem vinda.

    Me emocionei, sim. A manifestação é do início ao fim respeitosa com a figura do animal, o que poderíamos dizer até que não combina com esse chão, com essa terra que todos os anos na Semana Santa mostra para o mundo um dos mais cruéis rituais de tortura animal do terceiro milênio, a farra do boi, essa com um animal vivo que sente dor, medo, frio, fome...
    Para encurtar essa comparação, acho que o ministro Francisco Rezek, relator da decisão do Supremo Tribunal Federal de 3/6/1997, que proíbe a Farra do Boi, encerrou a questão em seu pronunciamento.
    “Não posso ver como juridicamente correta a idéia de que em prática dessa natureza a Constituição não é alvejada. Não há aqui uma manifestação cultural, com abusos avulsos; há uma prática abertamente violenta e cruel para com os animais, e a Constituição não deseja isso. “Bem disse o advogado da Tribuna: manifestações culturais são as práticas existentes em outras partes do país, que também envolvem bois submetidos à farra do público, mas de pano, de madeira, de ‘papier maché’ ; não seres vivos, dotados de sensibilidade e preservados pela Constituição da República contra esse gênero de comportamento. “De resto, com a negligência no que se refere à sensibilidade de animais anda-se meio caminho até a indiferença a quanto se faça a seres humanos. Essas duas formas de desídia são irmãs e quase sempre se reúnem, escalonadamente”.

    Sexta, na apresentação do Boi do Sambaqui, o rapaz que puxa a cantoria (e que eu vim saber depois é o responsável pelo boi) entre um verso e outro cantava ...“isso é boi-de-mamão e não é farra do boi... não devemos judiar dos animais”. Muito bom.
    E não parou por ai. Um outro puxador, acho que de um grupo da Armação ou do Campeche (vou pegar isso tudo com o JB), também por diversas vezes quando brincava entre os personagens, cantava mensagens de respeito à natureza e aos animais.
    Se não bastasse isso, sábado, durante a última apresentação do Boi Corre Campo (de Manaus), o JB, responsável junto com a Roseli pelo evento, ambos da Fundação Franklin Cascaes, para a minha surpresa, enquanto eu falava com o Fininho, puxador do Boi do Itacorubi, vem ao meu ouvido e diz que a idéia, digamos, meio que nasceu (ficou na sua cabeça) depois de algumas conversas sobre a farra do boi (e boi-de-mamão) com alguns amigos no Mercado Público. Que legal!
    Segundo JB e Roseli esse evento tem tudo para ser intercalado com a Festa das Nações, que já teve edições fantásticas, outro banho de cultura popular realizado aqui que a cidade ainda não descobriu.

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