29 de nov. de 2011

Vereador que denunciava picaretagens encontrado morto


Diversas manifestações circulam nas redes socias pedindo justiça e rigor nas investigações. Os coronéis, quando os delegados são amigos, cumpadres, parceiros, costumam executar quando suas ameaças não calam. Entre as manifestações que li, quero reproduzir aqui algo que gostei muito, apesar do momento. Devo estar sendo traido pela memória, pois não me lembro de já ter ouvido ou lido isso em algum lugar.

"Se calarem a vóz dos profetas as pedras falarão".
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Nota Sec. Geral PTSC

Marcelino Chiarello foi exemplo de ética e coragem
28/11/2011


Marcelino Chiarello, natural de Caxambú do Sul, nasceu em 12 de setembro de 1969. Estudou no Seminário Diocesano de Chapecó, onde foi mais um entre tantos líderes que entenderam a mensagem do grande Mestre Dom José Gomes: “não desistam nunca, toquem em frente”. Além de professor de Filosofia e História da rede pública estadual, Marcelino sempre foi filiado ao PT, militante do sindicato dos professores e líder comunitário.

Assumiu o cargo de diretor de Serviços Urbanos da prefeitura de Chapecó durante os mandatos petistas de José Fritsch e Pedro Uczai (1996/2004). Elegeu-se vereador pela primeira vez em 2004, como representante da base eleitoral de Claudio Vignatti, que havia sido eleito deputado federal e fora candidato a prefeito naquele pleito.

O PT, após oito anos à frente da administração municipal, perdeu as eleições em 2004. Outro vereador eleito pelo PT deixou o partido, então Chiarello tornou-se o único vereador petista na cidade, entre 2004 e 2008, formando o bloco de oposição na companhia de dois vereadores do PC do B (Paulinho da Silva e Valduga).

Nas eleições de 2008, Marcelino Chiarello foi reeleito, juntamente com Luciane Carminatti que, eleita deputada estadual em 2010, foi substituída pela vereadora Dra. Angela Vitória, compondo com Marcelino a dupla de oposição ao governo de Chapecó.

Por sete anos de mandato como vereador de oposição, Marcelino Chiarello tornou-se reconhecidamente o líder político de oposição que mais fez enfrentamentos políticos, denúncias de corrupção e desvios de finalidades das ações públicas da prefeitura de Chapecó, primeiro contra o prefeito João Rodrigues (PFL/DEM), depois seu vice e atual prefeito, José Claudio Caramori (PSD).

Recentemente, com base nas denúncias de Chiarello, pela segunda vez o Ministério Público afastou do cargo de secretário regional da prefeitura de Chapecó, o vereador do PSD, Dalmir Pelicioli, comprovando desvio de recursos de subvenções sociais às entidades comunitárias do município.

Neste dia 28 de novembro, por volta de meio dia, sua esposa, ao chegar do trabalho encontrou-o enforcado na sua própria casa. Acionou a polícia. Duas horas depois, o delegado regional, Alex Passos, declarou que Chiarello foi assassinato. A colega do vereador, Dra. Angela, declarou que o companheiro havia comentado há alguns dias que precisava de proteção policial, mas ao ser solicitado o encaminhamento do pedido, o mesmo não levou adiante a ideia.

Marcelino Chiarello não tinha qualquer outro envolvimento que não fosse a política. Marcelino se dedicava integralmente à política. Portanto, acima de tudo, Marcelino deu sua vida pela defesa da ética na política, combatendo a corrupção, denunciando falcatruas e desvios de conduta pública. Marcelino foi um exemplo de ética e coragem.

O PT está chocado com mais essa afronta à vida humana. Com certeza, essa gente honesta e lutadora que é o povo de Chapecó e da região Oeste, somados a todos e todas indignados desse Brasil, não irá se calar. Exigiremos justiça, rápida e exemplar, porque a vida de Marcelino Chiarello não será em vão, sua voz não será calada, mas multiplicada em milhões de outras vozes e gritos por justiça, pela ética na política, pela honestidade e em defesa da vida.

José Paludo, Secretário Geral do PT/SC

2 comentários:

  1. Mais uma sujeira do governo joao rodrigues e seus comparsas mas podem ter a certeza seus imundos a justiça humana pode falhar a de Deus nunca falha......um dia suas mascaras vao cair

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  2. Luiz Henrique, Pavan e João Rodrigues, estruturaram uma máfia poderósa em Santa Catarina. Quando falavam em acabar com o PT, nunca imaginei que seria dessa forma...

    O piór é que compram toda a população com subvenções sociais que nada mais são que compras de votos legalizadas, e ainda desviam a maior parte para investir em caixa dois de campanha...

    resume-se em uma máfia catarinenses, muito bem organizada e articulada, não acredito na justiça!!!!

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