Diário Catarinense - Editoriais - 20/04/2010
Insensatez e agressões
Os vídeos que registraram as cenas de perversidade contra animais e da agressão ao grupo de ativistas que protestava contra a realização da chamada puxada de cavalos, no final de semana, em Pomerode, Vale do Itajaí, já correm o mundo a bordo do You Tube. As imagens e os relatos são, ainda, multiplicados por e-mails trocados por internautas mundo afora. Com efeito, as imagens e os depoimentos provocam repulsa. Sua divulgação maciça não surpreende, eis que a prática de maus-tratos aos animais é universalmente condenada e passou a ser considerada crime, na maioria dos países, após a ONU ter aprovado a Declaração Universal dos Direitos dos Animais, que estabelece, no seu artigo 14, que os direitos destes devem ser garantidos pela lei da mesma forma com a qual ela, a lei, deve assegurar os direitos humanos. No Brasil, a Lei Federal 9.605 fixa para este crime pena de três meses a um ano de prisão e multa aumentada de um sexto a um terço se ocorrer a morte do animal. De lamentar que, como muitas outras, também esta lei raramente seja aplicada, em toda a sua extensão, no país.
As agressões verbais e físicas – estas de inaudita violência – dos participantes dessa versão equina da malfadada farra do boi contra o grupo de integrantes de entidades de proteção aos animais, que protestavam, no exercício de um direito legítimo, democrático, assegurado pela Constituição, e também contra jornalistas que cobriam o acontecimento agravam, sobremaneira, o malfeito e o delito. Há que punir os agressores. A realização de eventos em espaços públicos necessita de licença municipal. E isso sugere, se não a participação, o possível estímulo de autoridades locais ao evento. A boa imagem de Santa Catarina, no país e no exterior, não pode mais ser prejudicada por essas “farras” de violência e insensatez. O Ministério Público tem trabalho pela frente.
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Cacau Menezes - DC, 20/04/2010
Sacanagem
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Diáro Catarinense, 20/04/2010
PUXADA DE CAVALOS
Agredidos vão entrar na Justiça
Com curativos na cabeça, Patrícia Luz Salles de Oliveira foi a primeira a chegar à sala de espera do Instituto Geral de Perícias, acompanhada de voluntárias da Associação de Proteção aos Animais de Blumenau. A manifestação contra a puxada de cavalos, no domingo, em Pomerode, custou à professora de 37 anos seis pontos na cabeça e a suspeita de traumatismo craniano.
Depois dela, chegaram outras oito pessoas agredidas no protesto contra o evento, promovido pelo Clube de Cavalo. Todas com ferimentos pelo corpo. O grupo, submetido a exame de corpo de delito ontem de manhã, vai entrar na Justiça contra os agressores e está mobilizado para acabar com a competição de animais. A Polícia Civil abriu inquérito para apurar o caso e em 30 dias pretende concluir as investigações. As vítimas começam a ser ouvidas na próxima semana.
Organizadores da puxada, Miro Just e o irmão dele, Ivo Just, atribuem os ataques contra os defensores dos animais ao público. Embora admita ter arremessado ovos podres contra os manifestantes, Ivo alega que os membros do Clube do Cavalo não foram os responsáveis pela violência.
Pomerode
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Estou chocada.......
ResponderExcluirEu nem sabia o que era isso ou que isso existia.....
Assisti o video e passei até mal....
Que gente covarde, assassina.....
Espero sinceramente que as autoridades de lá façam justiça, assistam o video, encontrem cada pessoa e as puna :(.
Lamentável demais....
Pobres dos cavalinhos.........